
Ação de Protesto do Coletivo Infraestrutura Pública
No dia 3 de outubro de 2023, o coletivo Infraestrutura Pública organizou uma ação de protesto na Avenida Fontes Pereira de Melo, em Lisboa, com o objetivo de chamar a atenção para a necessidade de reposição de assentos nas paragens de autocarro da cidade. A iniciativa teve como destaque a instalação de um banco de madeira, que simbolizava não apenas um lugar para sentar, mas também um convite à reflexão sobre as condições oferecidas aos cidadãos nas suas rotinas de deslocação.
Além de promover a sensibilização sobre as condições das paragens, a ação também visou galvanizar apoio para a causa, reunindo assinaturas para um abaixo-assinado que reivindica a rápida instalação de assentos. O coletivo Infraestrutura Pública destacou que a melhoria das paragens de autocarro não é apenas uma questão de conforto, mas também um elemento vital para fomentar a utilização dos transportes públicos e, consequentemente, reduzir a dependência de veículos particulares na cidade. A resposta dos cidadãos foi positiva, com muitos reconhecendo a importância da reivindicação e se mostrando dispostos a colaborar com a iniciativa.
Testemunhos de Passageiros
A instalação de um banco de madeira nas paragens de autocarro em Lisboa é uma iniciativa que surgiu da necessidade urgente de apoiar os passageiros que enfrentam dificuldades em aguardar pelos transportes públicos. Diversos cidadãos têm compartilhado os desafios que enfrentam diariamente, destacando a necessidade primordial de assentos nas paragens. Um dos testemunhos mais impactantes provém de Ana, uma idosa de 76 anos, que relata: “Esperar pelo autocarro é uma verdadeira provação. Os meus joelhos não aguentam muito tempo em pé, e um banco faria toda a diferença.” A sua experiência reflete um ponto de vista comum entre muitos idosos que utilizam diariamente o transporte público e que se sentem desassistidos.
Outro testemunho marcante é o de Jorge, um jovem pai que frequentemente utiliza o transporte para levar a sua filha à escola. Ele comenta: “Com a criança e o carrinho, a situação torna-se complicada quando não encontro um lugar para me sentar. Uma paragem com um banco tornaria essa experiência muito mais confortável.” O depoimento de Jorge ilustra como a falta de assentos pode ser um obstáculo para famílias que dependem do transporte público.
Além disso, os trabalhadores que utilizam as paragens de autocarro para se deslocar ao trabalho também expressam a sua frustração. Maria, uma funcionária pública, compartilha que “em horários de pico, ficar em pé durante longos períodos é desgastante, especialmente após uma jornada de trabalho longa.” Assim, a necessidade de bancos nas paragens é uma questão de mobilidade adequada e dignidade para diversos grupos da população.
Direitos e Normas sobre Mobiliário Urbano
Em Lisboa, as normas que regem o mobiliário urbano, incluindo as paragens de autocarro, estão claramente delineadas pelo manual da câmara municipal. Este documento estabelece diretrizes essenciais que visam garantir a acessibilidade e a comodidade dos cidadãos. Entre essas diretrizes, destaca-se a obrigatoriedade de assentos nas paragens de autocarro, uma medida que visa promover o bem-estar dos utentes, especialmente dos mais vulneráveis, como idosos e pessoas com mobilidade reduzida.
A ausência de bancos nas paragens de autocarro não é apenas uma questão de conforto; representa uma falha significativa na acessibilidade. Os cidadãos que esperam pelo transporte público frequentemente enfrentam longos períodos de espera, e a falta de assentos pode resultar em situações desconfortáveis e até prejudiciais à saúde. Além disso, essa questão acarreta repercussões sociais, pois pode desencorajar o uso do transporte público, levando a um aumento na dependência de veículos particulares, o que por sua vez contribui para congestionamentos e poluição.